Este blog foi criado com a intenção de auxiliar pais e professores na estimulação das nossas crianças, espero que gostem. À todos que assim como eu amam a arte de educar, convido a passear pelo blog e se encontrar alguma postagem sua, por favor avisem-me para lhe dar os devidos créditos, penso que podemos socializar... abraços!
segunda-feira, 31 de março de 2014
Autismo - Dr. Leandro Teles - Gazeta - Programa Mulheres em 02/08/2013
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Autismo
Variadas...
Atividades que auxiliam a aprendizagem da criança
- Contato com diferentes textos: Histórias, contos, fábulas, parlendas, história em quadrinhos, revistas, jornais (ler, ouvir, recontar e registrar – desenhar);
- Músicas (ouvir, cantar, dançar);
- Jogos de encaixe;
- Jogos de tabuleiro em geral (regras, quantidade, cores, contagem);
- Jogos corporais: brincadeiras de roda (elefantinho colorido, coelhinho sai da toca, mamãe polenta, queimada), músicas com gestos (o bom desenvolvimento corporal e dos sentidos: audição, visão, tato, paladar e olfato auxiliam na aprendizagem);
- Jogos de raciocínio lógico: quebra-cabeça, dominó, pega varetas, memória;
- Exercitar escrita:
Ø
no papel (com lápis preto, colorido,
giz de cera);
Ø
na lousa (com giz branco e colorido);
Ø
na areia (com pedaços de graveto)
Ø
na farinha (colocar em uma bacia
colorida um pouco de farinha de trigo – só no fundo – e escrever com os dedos);
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Atividades
Jogo Toca do Rato
Jogo Toca do rato
(Confecção própria – fubecas, caixa de bota encapada e
forrada, potinhos de danone coloridos colados de cabeça para baixo e com uma
abertura, numerar os potinhos)
Objetivo: Desenvolver
habilidades de:
- Atenção
- Concentração
- Percepção
- Coordenação motora
- Equilíbrio
- Identificar atributos: maior, menor, alto, baixo (potes)
- Reconhecimento de numerais
- Nomeação de numerais
- Discriminação e percepção visual
- Reconhecimento de cores
- Nomeação de cores
- Relacionar numerais e suas quantidades
- Contagem oral
- Respeitar regras
- Lateralidade
- Noção espacial
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Moldando letras e numerais
Moldando letras e numerais
(letras na cartolina
encapadas com contact para não grudar a massinha, massinha, grãos de feijão,
barbante)
Objetivo:
Desenvolver habilidades de:
·
Percepção
·
Análise
e síntese
·
Noção espacial
·
Coordenação
motora
·
Linguagem
oral
·
Reconhecimento de letras
·
Nomeação de letras
·
Reconhecimento cores
·
Nomeação de cores
·
Capacidade
de atenção e concentração
Preparação: Explicar para o(a)
aluno(a) que ele deve montar as letras com a massinha seguindo o molde. Fazer
intervenções com as cores de massinha ou colorset, quantidade de massinha
necessária, estabelecer critérios como utilizar as letras do nome, só as vogais,
as iniciais de alguns amigos, etc.
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Lousa mágica
Lousa
mágica
(tinta guache, saquinho ziploc e cotonetes)
Objetivo:
Desenvolver habilidades de:
- Grafia das letras numerais ou símbolos
- Ampliar o repertório de letras, numerais e símbolos
- Noção espacial
- Capacidade de ensaio e erro
- Coordenação motora fina (escrita com o dedo ou cotonetes)
- Reconhecimento e nomeação de letras numerais ou símbolos
Preparação:
Colocar um pouco de tinta guache no saquinho ziploc e pedir que o aluno escreva
as letras, formas ou numerais com cotonetes, pode-se utilizar os dedos para
escrever também, mas é preciso ficar atento, pois, a unha rasga facilmente o
saquinho. Essa atividade permite que o
aluno escreva as letras e apague em seguida passando a mão de leve sobre o
saquinho. Utilizar cores variadas e saquinhos de tamanhos diferentes também
ajudam o aluno a ter noção de espaço no papel.
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Bexigas
Bexigas
(utilizar formatos e cores variadas )
Objetivo: Desenvolver habilidades de:
- Coordenação motora fina
- Habilidades manuais
- Lateralidade
- Reconhecimento e nomeação de cores
- Aquisição de conceitos (Cheio, vazio, murcho, grande, pequeno, pesado, leve, longe, perto, embaixo, em cima, duro, mole)
- Reconhecer as diferentes sensações e percepções relacionadas ao tato
Preparação: Vamos tentar encher bexigas,
trabalhar alguns conceitos através de brincadeiras e em seguida desenhar e escrever com
canetinhas hidrocor, o aluno vai assimilando que tem que utilizar mais ou menos
força para escrever na bexiga senão ela vai estourar e também para encher a
bexiga se precisa de mais ou menos ar. Pode-se também pedir para que não deixe
a bexiga cair no chão e exercitar a noção de espaço e coordenação motora
grossa.
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domingo, 30 de março de 2014
EU ENTREI NA RODA
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Clips infantis
MARCHA SOLDADO OU SAUDADE?
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ATIREI O PAU NO GATO OU NO PATO?
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A GALINHA LISTADINHA
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CARANGUEJO TEM CHULÉ
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EU FUI NO XORORÓ
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SE ESTA LUA FOSSE MINHA
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TROMBINHA BRANCA
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A VELHA A FIAR
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SABIA LÁ NA GAIOLA
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Gata Pintada
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Audio livros
O Peixinho e o Gato
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Audio livros
A Estrelinha azul - parte 2
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Coleção Disquinho
A estrelinha Azul - parte 1
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Festa no céu - parte 2
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Festa no céu - parte 1
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Os três porquinhos - parte 2
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Os três Porquinhos - Parte 1
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Casamento da Dona Baratinha - parte 2
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Casamento da Dona Baratinha - parte 1
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Soldadinho de Chumbo - parte 2
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Soldadinho de Chumbo - parte 1
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O Lobo e os 3 cabritinhos
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O Burrinho e o Grilo
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João e Maria 2
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João e Maria - 1
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O Macaco e a Velha - parte 2
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O macaco e a velha - parte 1
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Chapeuzinho Vermelho
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O mágico de Oz
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Histórias contadas
Alice no país das maravilhas
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Histórias contadas
Pinóquio
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Histórias contadas
Chapeuzinho Vermelho
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Histórias contadas
Os três porquinhos
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Histórias contadas
A Bela e a Fera
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Histórias contadas
Branca de Neve
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Histórias contadas
O patinho feio
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Histórias contadas
Tipos de percepção
TIPOS DE PERCEPÇÃO
- Percepção Visual – percepção de raios luminosos pelo sistema visual. Caracteriza-se pela percepção das formas, relações espaciais, cores, intensidade luminosa e movimentos.
- Percepção Auditiva – percepção de sons pelos ouvidos. O estudo da percepção auditiva baseia-se na análise da percepção de timbres, alturas e frequências, da percepção da intensidade sonora e volume, e ainda da percepção rítmica, intensamente relacionada com a percepção temporal.
- Percepção Olfativa – percepção de odores pelo nariz. Apesar de o olfacto não ser um sentido muito apurado nos seres humanos, este é extremamente importante para o nosso paladar, nomeadamente durante a alimentação.
- Percepção Gustativa – percepção de sabores pela língua, geralmente associada ao prazer. Tal como o olfacto, representa um dos sentidos menos desenvolvidos nos seres humanos.
- Percepção Tátil – percepção de objetos e sensações pela pele. Este tipo de percepção permite reconhecer a presença, forma, tamanho e temperatura dos objetos em contacto com o corpo. Além disso, é extremamente importante para o ser humano ao permitir o adequado posicionamento do seu corpo como a proteção física do mesmo. Este tipo de percepção não é uniforme, dado que as mãos, a língua e os lábios apresentam uma maior sensibilidade, pelo que é mais acessível para os mesmos a identificação dos estímulos.
- Percepção Temporal – percepção das durações temporais, produção de ritmos, ordem temporal e simultaneidade. Este tipo de percepção é extraordinariamente importante na música, daí estar diretamente relacionado com a percepção auditiva. A percepção temporal não é exclusivamente identificada por nenhum órgão, resultando da identificação combinada por parte dos órgãos dos sentidos e das potencialidades do cérebro.
- Percepção Espacial - percepção das distâncias entre os objetos. Não existe nenhum órgão específico que identifique a percepção espacial, dado que a percepção de distância e do tamanho relativo dos objetos implica a conjugação da percepção auditiva, visual e temporal. Deste modo, poderemos identificar se um objecto se está a aproximar ou a afastar através do som mais ou menos intenso por ele produzido, pela observação das suas dimensões ou pela análise do aumento ou diminuição da sua nitidez.
Créditos para: http://daniellegabriel.blogspot.com.br/
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Aprendizagem
Dislexia
Dislexia ou Dificuldades de Aprendizagem? Definição, Diagnóstico e Intervenção
Por: João Pereira
O que é a Dislexia?
A elevada taxa de insucesso escolar (reflectida na retenção ou mesmo na progressão com conhecimentos mal sucedidos) denota a frequência das dificuldades de aprendizagem, estas intimamente ligadas às dificuldades da leitura, uma vez que a leitura é o meio para alcançar outras aprendizagens. No entanto, a dislexia, ou dificuldade específica de leitura, é específica de indivíduos com uma inteligência normal ou até mesmo superior, sem problemas neurológicos ou físicos evidentes, que não apresentam problemas emocionais ou sociais, que não provêm de meios socioeconómicos-culturais desfavorecidos e que não foram submetidos a processos de ensino inapropriados. Outras crianças/jovens há que apresentam o mesmo tipo de erros na leitura de palavras, mas cujo nível de funcionamento intelectual se revela inferior à média. Estes indivíduos, em termos de Necessidades Educativas Especiais, não pertencem ao grupo das Dificuldades de Aprendizagem.
Quando e Como se Revela a Dislexia?
A dificuldade em aprender a ler e a escrever associa-se habitualmente a um início tardio do desenvolvimento da linguagem ao nível fonológico, articulatório e de fluidez, com uma lenta progressão em tarefas iniciais de leitura e de soletração, mas também com problemas de linguagem manifestos, tanto na leitura como na escrita. É por volta dos 3 a 6 meses que se começam a desenvolver capacidades singulares mas também a problemática da dislexia, daí a importância dos pais em todo o processo de desenvolvimento sadio da criança. No entanto, só com a persistência no erro, ao nível da leitura e da ortografia, sobretudo ao longo dos três primeiros anos de escolaridade (6 a 8 anos de idade), permitem um diagnóstico que, por sua vez, possibilita a planificação de estratégias e actividades para ajudar a criança a superar as suas dificuldades de leitura.
Sinais Reveladores de Dislexia
Características Gerais
- Aluno aparentemente brilhante, inteligência superior à média, exprime-se bem na oralidade, mas é incapaz de ler, de escrever ao nível do seu ano;
- Conhecido como preguiçoso, pouco cuidadoso, imaturo, “falta de trabalho” ou “problemas de comportamento”;
- As suas dificuldades não são suficientes para lhe ser implementado um currículo próprio ou alternativo;
- Bom QI mas tem níveis negativos nas avaliações. Tem mais facilidade na oralidade do que na escrita;
- Julga-se incapaz. Fraca auto-estima. Dissimula as suas fraquezas graças a estratégias de compensação engenhosas;
- Nível de frustração e de stress elevado face a leitura e testes;
- Dotado para as artes, o teatro, a música, o desporto, os negócios, o design, a construção ou as profissões ligadas às engenharias;
- Dispersa-se muitas vezes no mundo dos sonhos. Perde-se com facilidade e não tem noção do tempo que passa;
- Tem dificuldades em estar atento. Pode parecer hiperactivo ou ausente;
- Aprende mais facilmente através da manipulação, das demonstrações, da experimentação, da observação e dos suportes visuais.
Ao Nível da Visão, Leitura e Ortografia
- Queixa-se de vertigens, de dor de cabeça ou de barriga quando lê;
- Desorientado pelas letras, os números, as palavras, as sequências ou as explicações orais;
- Quando lê ou escreve, faz omissões, substituições, repetições, adições, transposições e inversões de letras, de números e/ou de palavras;
- Queixa-se de sentir ou ver movimentos não existentes quando lê ou escreve;
- Dá a impressão de ter problemas de visão não confirmados pelo oftalmologista;
- Excelente visão e muito observador ou então falta de visão binocular ou periférica;
- Lê e relê, tendo dificuldade em compreender.
Ao Nível da Audição e Linguagem
- Hipersensibilidade auditiva. Ouve coisas que não foram ditas ou não perceptíveis pelos outros. Distrai-se facilmente com barulho;
- Dificuldade em formular o seu pensamento. Exprime-se com frases telegráficas. Não termina as suas frases, gagueja quando está sob pressão;
- Tem dificuldade em pronunciar as palavras complexas, mistura as frases, as palavras e as sílabas quando fala.
Ao Nível do Grafismo e Motricidade
- Tem dificuldade em escrever e copiar. Segura o lápis de forma pouco habitual. Escrita irregular ou ilegível;
- Desajeitado, mal coordenado, pouco hábil nos jogos de bola ou desportos de equipa. Dificuldades nas tarefas de motricidade fina ou grossa. Sujeito aos enjoos nos transportes;
- Pode ser ambidextro e confundir muitas vezes a direita e a esquerda, ou por baixo e por cima.
Ao Nível da Matemática e da Gestão do Tempo
- Tem dificuldade em ler as horas, em gerir o seu tempo, em integrar a informação ou as tarefas com sequências e em chegar a horas;
- Para contar necessita dos seus dedos ou de outros “acessórios”. Conhece a resposta mas não sabe apresentá-la por escrito;
- Sabe contar mas tem dificuldade em contar objectos e em contar dinheiro;
- É bom na aritmética mas com dificuldade na resolução de problemas. Bloqueia ao nível da álgebra e ao nível da matemática a níveis superiores.
Ao Nível da Memória e Cognição
- Excelente memória a longo prazo para as experiências pessoais, os lugares e os rostos;
- Memória fraca para as sequências, os factos e as informações que não foram experimentadas pessoalmente;
- Pensa essencialmente através de imagens e não em sons nem palavras (pouco diálogo interno).
Ao Nível do Comportamento, Saúde, Desenvolvimento e Personalidade
- Extremamente desarrumado ou então maníaco da ordem;
- Tanto pode ser o bobo da sala, o causador da desordem, como pode ser demasiado discreto;
- Foi precoce ou, pelo contrário, atrasado nas etapas do seu desenvolvimento (andar de gatas, andar, falar…);
- Sujeito a otites e a alergias;
- Pode ser um dorminhoco ou, pelo contrário, ter o sono leve. Enuresia;
- Um sentido elevado de justiça. Muito sensível, perfeccionista;
- Os erros e os sintomas aumentam de forma significativa sob o efeito da pressão de incerteza, do tempo, do stress e do cansaço.
Intervenção em Contexto de Sala de Aula
A criança com dislexia mostra-se insegura ou excessivamente vaidosa e, em consequência do seu problema escolar, exibe uma atenção instável – consequência da fadiga que advém do empenho na superação das dificuldades perceptivas – e um grande desinteresse pelo estudo, dado que, geralmente, o rendimento e as classificações provocam falta de motivação e de curiosidade.
Que estratégias e actividades poderão os professores dos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos usar para ajudarem a criança/jovem com dislexia a superar as suas dificuldades de leitura?
Língua Materna
Quando o aluno
A nível da leitura silenciosa, sabe dar informações e resumir o texto lido;
Mas… lê atentamente, troca os sons, esquece-se das palavras, o que o leva a não compreender o texto; é penalizado devido à sua memória imediata e apresenta dificuldades na descodificação;
A nível da leitura expressiva, lê oralmente com expressividade;
Mas… luta contra as inversões, as omissões, as confusões, os sons complexos, as linhas que saltam (…); fica bloqueado quando é perturbado pela emoção (os mecanismos de compensação serão mais aparentes e portanto mais incomodativos, prejudicando assim a fluidez da leitura e logo impedindo a compreensão do texto),
O professor deve
- No primeiro ano, fazer muitos exercícios de repetição ou discriminação de sílabas sem significada (pseudoplalavras), de consoantes próximas (chá/já; fá/vá; pá/bá…);
- Diminuir o comprimento dos textos;
- Propor questões intermédias;
- Pedir-lhe para resumir um parágrafo mais curto;
- Se na ficha/teste de avaliação teve dificuldade em responder às questões, verificar oralmente se compreendeu ou não o texto;
- Se não compreendeu, a sua dificuldade de compreensão é ao nível da leitura;
- Se compreendeu, a sua dificuldade é na transcrição para a escrita;
- Reduzir a velocidade de leitura em voz alta (a velocidade aumenta consideravelmente os erros nas crianças disléxicas);
- Não obrigar a ler em voz alta em presença de outros alunos;
- Deixá-lo seguir a leitura com o dedo ou outro auxiliar;
- Ler os sons complexos ao mesmo tempo que ele e fazê-lo repetir;
- Verificar a compreensão do texto lido;
- No primeiro ano, ensinar as grafias muito próximas (on/ou; m/n; p/b…), com alguns dias de intervalo.
Ortografia
Quando o aluno
Faz ditado de palavras, de frases;
Mas… confunde os sons e o sentido; mesmo que conheça as regras de ortografia, tem dúvidas e quando as vai aplicar já não sabe…; sabe ler e compreender um texto, mas ao reproduzi-lo confunde, esquece-se de letras, de sílabas e palavras, perde-se em relação à linha onde está, volta atrás e escreve duas vezes a mesma coisa; o tempo que demora a voltar ao texto leva a que esqueça o que já escreveu; a cópia é um exercício muito difícil,
O professor deve
- Só deverá considerar os erros ortográficos nos ditados ou em exercícios de ortografia (no caso da regra aprendida, não nas outras palavras);
- Fazer contratos com a criança quanto ao número de erros ou à natureza dos mesmos. Por exemplo: “Hoje não quero erros no a/à, mais tarde, pedir-lhe que faça o acordo dos plurais simples;
- Se bloqueia na escrita, deve encorajá-lo a escrever textos pessoais dizendo-lhe que a ortografia não será avaliada (por exp.: pedir-lhe para inventar uma história de quatro linhas, diferente todos os dias, em vez de lhe dar exercícios gramaticais, durante um determinado tempo);
- Dividir o texto e acentuar as referências visuais;
- Permitir-lhe sublinhar ou fazer marcas no texto;
- Ajudá-lo na sua forma de “fazer” (ou palavra a palavra ou então letra a letra).
Gramática
Quando o aluno
Identifica frases e tipos de frases; distingue grupo nominal e verbal, nome, adjectivo, determinante, género e número…;
Mas… não compreende o vocabulário mais elaborado; confunde, por exemplo, “palavra” e “nome”,
O professor deve
- Simplificar as instruções (torná-las progressivamente mais complexas);
- Aceitar que ele só aprenda parte de uma regra gramatical;
- Evitar fazê-lo decorar regras do género: “O adjectivo qualificativo qualifica o nome”, neste caso não explica nada, não é dado sentido;
- Evitar explicações como: “ O adjectivo pode suprimir-se” – o disléxico pode suprimir tudo, não havendo para ele qualquer problema;
- Verificar se compreende e distingue o sentido dessas palavras.
Conjugação
Quando o aluno
Distingue passado, presente e futuro; faz a concordância do verbo; faz conjugações;
Mas… denota dificuldades frequentes na orientação temporal,
O professor deve
- Não contabilizar os erros nos sons ou os erros de ortografia, se escreveu correctamente a terminação e se fez a concordância;
- Orientá-lo na identificação dos indicadores de tempo, ajudá-lo e pedir-lhe para os sublinhar;
- Ensinar-lhe os verbos menos complexos ao nível da ortografia e que sejam mais vezes utilizados para que possa encontrar mais facilmente a terminação.
Vocabulário
Quando o aluno
Encontrar palavras da mesma família, antónimos, distinguir os homónimos…; utilizar o dicionário; colocar palavras por ordem alfabética;
Mas… confundir os sons o que ocasiona confusões de sentido (perfeito/prefeito, erupção/irrupção, há/à/a…); tiver dificuldade em encontrar e localizar a palavra na página; dificuldades nas referências espaciais e temporais (antes, depois…),
O professor deve
- Não contabilizar os erros se a definição estiver correcta;
- Ajudá-lo a procurar as palavras no dicionário e propor-lhe um alfabeto escrito que irá colocar no seu dicionário.
Expressão Escrita
Quando o aluno
Construir uma frase, aumentá-la, reduzi-la, pontuar; comentar uma imagem, continuar uma frase ou uma história, ordenar e escrever um texto;
Mas… revela problemas com o tempo, com as sucessões; tem dificuldade em orientar-se no texto e compreendê-lo; bloqueia perante a escrita devido às dificuldades,
O professor deve
- Ajudá-lo a compreender o que lhe é pedido e a estruturar as suas ideias;
- Não deverá contabilizar os erros nem sublinhá-los.
Escrita
Quando o aluno
Escrever legivelmente, fizer a pontuação, colocar os acentos e as maiúsculas;
Mas…como na maioria dos casos é disgráfico, não se sente à vontade com a escrita; não respeita as grandezas devido à sua dificuldade de representação no espaço,
O professor deve
- Insistir com os pais para vigiarem a forma como o aluno segura no lápis, visto a mesma ter muita importância na percepção dos ritmos (ponto fraco dos disléxicos);
- Voltar a explicar o trajecto das letras;
- Ser paciente face à sua grafia e ao seu lado desorganizado/confuso;
- Aceitar as rasuras (que são autocorrecções) e a sua apresentação pouco cuidada;
- Não deverá arrancar-lhe as páginas do caderno.
Composição
Quando o aluno
As mesmas dificuldades encontradas na expressão oral aparecem igualmente na escrita; apresenta desrespeito pela sintaxe; nível de língua demasiado familiar; vocabulário elementar e repetitivo; má utilização dos tempos verbais; falta de pontuação; acentuação deficiente; não sabe delimitar as diferentes partes de um texto (introdução, desenvolvimento e conclusão), encadear e estruturar cronologicamente o seu discurso; perde muito tempo com as dificuldades ortográficas;
O professor deve
- Privilegiar o conteúdo em relação à forma;
- Fazer exercícios de estilística;
- Ajudá-lo a organizar as ideias de um texto;
- Não o penalizar pela ortografia.
Matemática
Quando o aluno
Revela dificuldades em ler enunciados com palavras complexas, como adjacentes, circunscritas, paralelograma…; inverte os signos, os algarismos, sem contudo errar os resultados; troca com frequência os sinais > e <; manifesta dificuldades em seguir um raciocínio lógico; inverte as referências em geometria: em cima, em baixo, direita, esquerda…; confunde as letras que designam um ângulo ADC por ABC; denota problemas de visualização e organização espacial; mostra falta de rigor e cuidado,
O que é a Dislexia?
O termo dislexia é usado como significado de dificuldade específica de leitura, pertencendo, portanto, à tipologia das Dificuldades de Aprendizagem – DA, uma categoria específica de Necessidades Educativas Especiais – NEE. Este grupo de alunos, embora não beneficiando de adequações curriculares significativas, consubstanciadas em currículos alternativos ou próprios, tem direito a adequações curriculares que não prejudiquem o cumprimento dos objectivos gerais do Ciclo, ou seja, adaptações que seguem o currículo normal e não podem pôr em causa as medidas do regime educativo comum.Tais adequações são introduzidas no Projecto Curricular de Turma com o objectivo do professor/professores da turma adequarem as suas práticas à realidade da turma que lhes é atribuída e, na medida em que o sucesso só pode ser levado a bom termo desde que sejam introduzidas no sistema as modificações apropriadas, proporcionarem um atendimento adequado a todos os alunos no ambiente da escola regular.
A elevada taxa de insucesso escolar (reflectida na retenção ou mesmo na progressão com conhecimentos mal sucedidos) denota a frequência das dificuldades de aprendizagem, estas intimamente ligadas às dificuldades da leitura, uma vez que a leitura é o meio para alcançar outras aprendizagens. No entanto, a dislexia, ou dificuldade específica de leitura, é específica de indivíduos com uma inteligência normal ou até mesmo superior, sem problemas neurológicos ou físicos evidentes, que não apresentam problemas emocionais ou sociais, que não provêm de meios socioeconómicos-culturais desfavorecidos e que não foram submetidos a processos de ensino inapropriados. Outras crianças/jovens há que apresentam o mesmo tipo de erros na leitura de palavras, mas cujo nível de funcionamento intelectual se revela inferior à média. Estes indivíduos, em termos de Necessidades Educativas Especiais, não pertencem ao grupo das Dificuldades de Aprendizagem.
Quando e Como se Revela a Dislexia?
A dificuldade em aprender a ler e a escrever associa-se habitualmente a um início tardio do desenvolvimento da linguagem ao nível fonológico, articulatório e de fluidez, com uma lenta progressão em tarefas iniciais de leitura e de soletração, mas também com problemas de linguagem manifestos, tanto na leitura como na escrita. É por volta dos 3 a 6 meses que se começam a desenvolver capacidades singulares mas também a problemática da dislexia, daí a importância dos pais em todo o processo de desenvolvimento sadio da criança. No entanto, só com a persistência no erro, ao nível da leitura e da ortografia, sobretudo ao longo dos três primeiros anos de escolaridade (6 a 8 anos de idade), permitem um diagnóstico que, por sua vez, possibilita a planificação de estratégias e actividades para ajudar a criança a superar as suas dificuldades de leitura.
Sinais Reveladores de Dislexia
Características Gerais
- Aluno aparentemente brilhante, inteligência superior à média, exprime-se bem na oralidade, mas é incapaz de ler, de escrever ao nível do seu ano;
- Conhecido como preguiçoso, pouco cuidadoso, imaturo, “falta de trabalho” ou “problemas de comportamento”;
- As suas dificuldades não são suficientes para lhe ser implementado um currículo próprio ou alternativo;
- Bom QI mas tem níveis negativos nas avaliações. Tem mais facilidade na oralidade do que na escrita;
- Julga-se incapaz. Fraca auto-estima. Dissimula as suas fraquezas graças a estratégias de compensação engenhosas;
- Nível de frustração e de stress elevado face a leitura e testes;
- Dotado para as artes, o teatro, a música, o desporto, os negócios, o design, a construção ou as profissões ligadas às engenharias;
- Dispersa-se muitas vezes no mundo dos sonhos. Perde-se com facilidade e não tem noção do tempo que passa;
- Tem dificuldades em estar atento. Pode parecer hiperactivo ou ausente;
- Aprende mais facilmente através da manipulação, das demonstrações, da experimentação, da observação e dos suportes visuais.
Ao Nível da Visão, Leitura e Ortografia
- Queixa-se de vertigens, de dor de cabeça ou de barriga quando lê;
- Desorientado pelas letras, os números, as palavras, as sequências ou as explicações orais;
- Quando lê ou escreve, faz omissões, substituições, repetições, adições, transposições e inversões de letras, de números e/ou de palavras;
- Queixa-se de sentir ou ver movimentos não existentes quando lê ou escreve;
- Dá a impressão de ter problemas de visão não confirmados pelo oftalmologista;
- Excelente visão e muito observador ou então falta de visão binocular ou periférica;
- Lê e relê, tendo dificuldade em compreender.
Ao Nível da Audição e Linguagem
- Hipersensibilidade auditiva. Ouve coisas que não foram ditas ou não perceptíveis pelos outros. Distrai-se facilmente com barulho;
- Dificuldade em formular o seu pensamento. Exprime-se com frases telegráficas. Não termina as suas frases, gagueja quando está sob pressão;
- Tem dificuldade em pronunciar as palavras complexas, mistura as frases, as palavras e as sílabas quando fala.
Ao Nível do Grafismo e Motricidade
- Tem dificuldade em escrever e copiar. Segura o lápis de forma pouco habitual. Escrita irregular ou ilegível;
- Desajeitado, mal coordenado, pouco hábil nos jogos de bola ou desportos de equipa. Dificuldades nas tarefas de motricidade fina ou grossa. Sujeito aos enjoos nos transportes;
- Pode ser ambidextro e confundir muitas vezes a direita e a esquerda, ou por baixo e por cima.
Ao Nível da Matemática e da Gestão do Tempo
- Tem dificuldade em ler as horas, em gerir o seu tempo, em integrar a informação ou as tarefas com sequências e em chegar a horas;
- Para contar necessita dos seus dedos ou de outros “acessórios”. Conhece a resposta mas não sabe apresentá-la por escrito;
- Sabe contar mas tem dificuldade em contar objectos e em contar dinheiro;
- É bom na aritmética mas com dificuldade na resolução de problemas. Bloqueia ao nível da álgebra e ao nível da matemática a níveis superiores.
Ao Nível da Memória e Cognição
- Excelente memória a longo prazo para as experiências pessoais, os lugares e os rostos;
- Memória fraca para as sequências, os factos e as informações que não foram experimentadas pessoalmente;
- Pensa essencialmente através de imagens e não em sons nem palavras (pouco diálogo interno).
Ao Nível do Comportamento, Saúde, Desenvolvimento e Personalidade
- Extremamente desarrumado ou então maníaco da ordem;
- Tanto pode ser o bobo da sala, o causador da desordem, como pode ser demasiado discreto;
- Foi precoce ou, pelo contrário, atrasado nas etapas do seu desenvolvimento (andar de gatas, andar, falar…);
- Sujeito a otites e a alergias;
- Pode ser um dorminhoco ou, pelo contrário, ter o sono leve. Enuresia;
- Um sentido elevado de justiça. Muito sensível, perfeccionista;
- Os erros e os sintomas aumentam de forma significativa sob o efeito da pressão de incerteza, do tempo, do stress e do cansaço.
Intervenção em Contexto de Sala de Aula
A criança com dislexia mostra-se insegura ou excessivamente vaidosa e, em consequência do seu problema escolar, exibe uma atenção instável – consequência da fadiga que advém do empenho na superação das dificuldades perceptivas – e um grande desinteresse pelo estudo, dado que, geralmente, o rendimento e as classificações provocam falta de motivação e de curiosidade.
Que estratégias e actividades poderão os professores dos 1.º, 2.º e 3.º Ciclos usar para ajudarem a criança/jovem com dislexia a superar as suas dificuldades de leitura?
Língua Materna
Quando o aluno
A nível da leitura silenciosa, sabe dar informações e resumir o texto lido;
Mas… lê atentamente, troca os sons, esquece-se das palavras, o que o leva a não compreender o texto; é penalizado devido à sua memória imediata e apresenta dificuldades na descodificação;
A nível da leitura expressiva, lê oralmente com expressividade;
Mas… luta contra as inversões, as omissões, as confusões, os sons complexos, as linhas que saltam (…); fica bloqueado quando é perturbado pela emoção (os mecanismos de compensação serão mais aparentes e portanto mais incomodativos, prejudicando assim a fluidez da leitura e logo impedindo a compreensão do texto),
O professor deve
- No primeiro ano, fazer muitos exercícios de repetição ou discriminação de sílabas sem significada (pseudoplalavras), de consoantes próximas (chá/já; fá/vá; pá/bá…);
- Diminuir o comprimento dos textos;
- Propor questões intermédias;
- Pedir-lhe para resumir um parágrafo mais curto;
- Se na ficha/teste de avaliação teve dificuldade em responder às questões, verificar oralmente se compreendeu ou não o texto;
- Se não compreendeu, a sua dificuldade de compreensão é ao nível da leitura;
- Se compreendeu, a sua dificuldade é na transcrição para a escrita;
- Reduzir a velocidade de leitura em voz alta (a velocidade aumenta consideravelmente os erros nas crianças disléxicas);
- Não obrigar a ler em voz alta em presença de outros alunos;
- Deixá-lo seguir a leitura com o dedo ou outro auxiliar;
- Ler os sons complexos ao mesmo tempo que ele e fazê-lo repetir;
- Verificar a compreensão do texto lido;
- No primeiro ano, ensinar as grafias muito próximas (on/ou; m/n; p/b…), com alguns dias de intervalo.
Ortografia
Quando o aluno
Faz ditado de palavras, de frases;
Mas… confunde os sons e o sentido; mesmo que conheça as regras de ortografia, tem dúvidas e quando as vai aplicar já não sabe…; sabe ler e compreender um texto, mas ao reproduzi-lo confunde, esquece-se de letras, de sílabas e palavras, perde-se em relação à linha onde está, volta atrás e escreve duas vezes a mesma coisa; o tempo que demora a voltar ao texto leva a que esqueça o que já escreveu; a cópia é um exercício muito difícil,
O professor deve
- Só deverá considerar os erros ortográficos nos ditados ou em exercícios de ortografia (no caso da regra aprendida, não nas outras palavras);
- Fazer contratos com a criança quanto ao número de erros ou à natureza dos mesmos. Por exemplo: “Hoje não quero erros no a/à, mais tarde, pedir-lhe que faça o acordo dos plurais simples;
- Se bloqueia na escrita, deve encorajá-lo a escrever textos pessoais dizendo-lhe que a ortografia não será avaliada (por exp.: pedir-lhe para inventar uma história de quatro linhas, diferente todos os dias, em vez de lhe dar exercícios gramaticais, durante um determinado tempo);
- Dividir o texto e acentuar as referências visuais;
- Permitir-lhe sublinhar ou fazer marcas no texto;
- Ajudá-lo na sua forma de “fazer” (ou palavra a palavra ou então letra a letra).
Gramática
Quando o aluno
Identifica frases e tipos de frases; distingue grupo nominal e verbal, nome, adjectivo, determinante, género e número…;
Mas… não compreende o vocabulário mais elaborado; confunde, por exemplo, “palavra” e “nome”,
O professor deve
- Simplificar as instruções (torná-las progressivamente mais complexas);
- Aceitar que ele só aprenda parte de uma regra gramatical;
- Evitar fazê-lo decorar regras do género: “O adjectivo qualificativo qualifica o nome”, neste caso não explica nada, não é dado sentido;
- Evitar explicações como: “ O adjectivo pode suprimir-se” – o disléxico pode suprimir tudo, não havendo para ele qualquer problema;
- Verificar se compreende e distingue o sentido dessas palavras.
Conjugação
Quando o aluno
Distingue passado, presente e futuro; faz a concordância do verbo; faz conjugações;
Mas… denota dificuldades frequentes na orientação temporal,
O professor deve
- Não contabilizar os erros nos sons ou os erros de ortografia, se escreveu correctamente a terminação e se fez a concordância;
- Orientá-lo na identificação dos indicadores de tempo, ajudá-lo e pedir-lhe para os sublinhar;
- Ensinar-lhe os verbos menos complexos ao nível da ortografia e que sejam mais vezes utilizados para que possa encontrar mais facilmente a terminação.
Vocabulário
Quando o aluno
Encontrar palavras da mesma família, antónimos, distinguir os homónimos…; utilizar o dicionário; colocar palavras por ordem alfabética;
Mas… confundir os sons o que ocasiona confusões de sentido (perfeito/prefeito, erupção/irrupção, há/à/a…); tiver dificuldade em encontrar e localizar a palavra na página; dificuldades nas referências espaciais e temporais (antes, depois…),
O professor deve
- Não contabilizar os erros se a definição estiver correcta;
- Ajudá-lo a procurar as palavras no dicionário e propor-lhe um alfabeto escrito que irá colocar no seu dicionário.
Expressão Escrita
Quando o aluno
Construir uma frase, aumentá-la, reduzi-la, pontuar; comentar uma imagem, continuar uma frase ou uma história, ordenar e escrever um texto;
Mas… revela problemas com o tempo, com as sucessões; tem dificuldade em orientar-se no texto e compreendê-lo; bloqueia perante a escrita devido às dificuldades,
O professor deve
- Ajudá-lo a compreender o que lhe é pedido e a estruturar as suas ideias;
- Não deverá contabilizar os erros nem sublinhá-los.
Escrita
Quando o aluno
Escrever legivelmente, fizer a pontuação, colocar os acentos e as maiúsculas;
Mas…como na maioria dos casos é disgráfico, não se sente à vontade com a escrita; não respeita as grandezas devido à sua dificuldade de representação no espaço,
O professor deve
- Insistir com os pais para vigiarem a forma como o aluno segura no lápis, visto a mesma ter muita importância na percepção dos ritmos (ponto fraco dos disléxicos);
- Voltar a explicar o trajecto das letras;
- Ser paciente face à sua grafia e ao seu lado desorganizado/confuso;
- Aceitar as rasuras (que são autocorrecções) e a sua apresentação pouco cuidada;
- Não deverá arrancar-lhe as páginas do caderno.
Composição
Quando o aluno
As mesmas dificuldades encontradas na expressão oral aparecem igualmente na escrita; apresenta desrespeito pela sintaxe; nível de língua demasiado familiar; vocabulário elementar e repetitivo; má utilização dos tempos verbais; falta de pontuação; acentuação deficiente; não sabe delimitar as diferentes partes de um texto (introdução, desenvolvimento e conclusão), encadear e estruturar cronologicamente o seu discurso; perde muito tempo com as dificuldades ortográficas;
O professor deve
- Privilegiar o conteúdo em relação à forma;
- Fazer exercícios de estilística;
- Ajudá-lo a organizar as ideias de um texto;
- Não o penalizar pela ortografia.
Matemática
Quando o aluno
Revela dificuldades em ler enunciados com palavras complexas, como adjacentes, circunscritas, paralelograma…; inverte os signos, os algarismos, sem contudo errar os resultados; troca com frequência os sinais > e <; manifesta dificuldades em seguir um raciocínio lógico; inverte as referências em geometria: em cima, em baixo, direita, esquerda…; confunde as letras que designam um ângulo ADC por ABC; denota problemas de visualização e organização espacial; mostra falta de rigor e cuidado,
O professor deve
- Permitir-lhe chegar ao resultado correcto mesmo que a forma de o fazer seja diferente da ensinada;
- Aconselhar uma reeducação lógico-matemática;
- Compreender que pode inverter os sinais mas fazer um cálculo correcto;
- Ter em conta não o resultado mas também o raciocínio, valorizando os progressos e os sucessos;
- Ensinar-lhe a fazer desenhos e esquemas para a resolução de alguns problemas.
Línguas Estrangeira: Inglês/Francês
Encontramos as mesmas dificuldades detectadas na língua materna ao nível da leitura, da ortografia, da conjugação verbal, da gramática e da composição. No Inglês há sempre maior dificuldade.
Quando o aluno
Denota dificuldades em associar a ortografia ao som devido ao pouco hábito em ouvir novos sons e ver novas grafias; confunde a audição de sons muito próximos mas com grafia e significados diferente; tem algumas dificuldades nas letras não pronunciadas mas escritas e nas regras de concordância, diferentes da língua materna,
O professor deve
- Trabalhar a pronúncia (mesmo que seja de forma exagerada), sobretudo nas primeiras semanas de aprendizagem.
História e Geografia
Quando o aluno
Demonstra dificuldades nos problemas cronológicos (por exp.: antes e depois de Cristo, porque o cálculo não se faz da mesma forma que para a contagem dos anos); inverte datas e números; revela dificuldades de localização nos esquemas e compreensão das escalas, de memorização, de ortografia de palavras estrangeiras e mesmo dificuldades de redacção na expressão escrita,
O professor deve
- Utilizar a apresentação visual, como frisos cronológicos;
- Ajudá-lo a elaborar um plano da lição para poder estudar;
- Valorizar qualquer progresso ou sucesso;
- Fazer esquemas utilizando cores.
Ciências da Natureza/Biologia
Quando o aluno
Revela dificuldades nas palavras complexas (por ex.p: clorofila, diafragma…); inverte ou não compreende os esquemas; tem dificuldades de memorização,
O professor deve
- Não descontar pelos erros ortográficos;
- Valorizar qualquer progresso ou sucesso.
Ciências Físico-Química
Quando o aluno
Revela dificuldades no vocabulário; inverte as referências (por exp.: na electricidade inverte os pólos); faz inversão lógica; demonstra dificuldades em memorizar os símbolos e as formulas.
O professor deve
- Não descontar pelos erros ortográficos;
- Valorizar qualquer progresso ou sucesso.
Educação Tecnológica/Educação Visual
Quando o aluno
Revela problemas de orientação espacial; dificuldades nos trabalhos manuais; problemas de esquematização e espaciais; dificuldades na organização e planificação,
O professor deve
- Apoiá-lo o mais possível (ou pelo professor ou pelos colegas), nas tarefas onde apresenta maiores dificuldades;
- Valorizar qualquer progresso ou sucesso;
- Ajudá-lo a organizar o plano de trabalho.
Educação Musical
Quando o aluno
Revela dificuldades no solfejo; problemas de audição, confusão dos sons e das linhas da pauta e das claves; dificuldades na reprodução e memorização de ritmos,
O Professor deve
- Apoiá-lo o mais possível (ou pelo professor ou pelos colegas), nas tarefas onde apresenta maiores dificuldades.
- Valorizar qualquer progresso ou sucesso.
Educação Física
Quando o aluno
Demonstrar dificuldades em memorizar as sequências; problemas de lateralidade e de esquema corporal; dificuldades de coordenação motora, espacial e temporal; problemas de ritmo,
O professor deve
- Verbalizar durante a aprendizagem das sequências;
- Explicar individualmente os exercícios ao aluno, antes da sua aplicação;
- Valorizar qualquer progresso ou sucesso.
Bibliografia
Correia, L.M. (1997). Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas Classes Regulares. Porto, Porto Editora.
Dec.-Lei n.º 6/2001, de 18 de Janeiro. DR, I Série-A.
Pereira, J.R. (2002). Dificuldades de Aprendizagem: Estratégias cognitivas e metacognitivas na aprendizagem e compreensão da leitura. Dissertação de mestrado: Braga, Universidade do Minho.
Ribeiro, A.B. e Baptista, A.I. (2006). Dislexia: Compreensão, Avaliação e Estratégias. Coimbra, Quarteto.
Stackhouse, J. e Snowling, M. (2004). Dislexia, Fala e Linguagem. Porto Alegre, Artmed.
Postado por Educação e Diversidade às 22:11
Créditos para: http://joaopereira05.blogspot.com.br/2007/09/dislexia-ou-dificuldades-de.html
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Aprendizagem
Decretos
Decretos
1. DECRETO Nº 914, DE 6 DE SETEMBRO DE 1993 - Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.
2. DECRETO Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999 - Regulamenta a Lei Nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências.
3. DECRETO Nº 3.691, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 - Regulamenta a Lei Nº 8.899, de 29 de junho de 1994, que dispõe sobre o transporte de pessoas portadoras de deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual.
4. DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE 2001 - Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.
5. DECRETO Nº 5.296, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004 - Regulamenta as Leis Nºs 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.
6. DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005 - Regulamenta a Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei Nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
7. DECRETO Nº 5.904, DE 21 DE SETEMBRO DE 2006 - Regulamenta a Lei Nº 11.126, de 27 de junho de 2005, que dispõe sobre o direito da pessoa com deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhada de cão-guia e dá outras providências.
8. DECRETO Nº 6.039, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2007 - Aprova o Plano de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado em Instituições de Assistência às Pessoas com Deficiência Auditiva.
9. DECRETO Nº 6.214, DE 26 DE SETEMBRO DE 2007 - Regulamenta o benefício de prestação continuada da assistência social devido à pessoa com deficiência.
10. DECRETO Nº 6.980, DE 13 DE OUTUBRO DE 2009 - Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, dispõe sobre o remanejamento de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, altera o Anexo II ao Decreto Nº 6.188, de 17 de agosto de 2007, que aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão do Gabinete Pessoal do Presidente da República, e dá outras providências.
11. DECRETO Nº 7.037, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2009 - Aprova o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3 e dá outras providências.
12. DECRETO Nº 7.235, DE 19 DE JULHO DE 2010 - Regulamenta a Lei Nº 12.190, de 13 de janeiro de 2010, que concede indenização por dano moral às pessoas com deficiência física decorrente do uso da talidomida.
13. DECRETO Nº 7.256, DE 4 DE AGOSTO DE 2010 - Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Gratificações de Representação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, dispõe sobre o remanejamento de cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, e dá outras providências.
14. DECRETO Nº 7.512, DE 30 DE JUNHO DE 2011 - Aprova o Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado no Regime Público - PGMU, e dá outras providências.
15. DECRETO Nº 7.612, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011 - Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Plano Viver sem Limite.
16. DECRETO Nº 7.613, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011 - Altera o Decreto Nº 5.992, de 19 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a concessão de diárias no âmbito da administração federal direta, autárquica e fundacional.
17. DECRETO Nº 7.617, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011 - Altera o Regulamento do Benefício de Prestação Continuada, aprovado pelo Decreto Nº 6.214, de 26 de setembro de 2007.
18. DECRETO Nº 7.660, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011 - Aprova a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI.
19. DECRETO Nº 7.705, DE 25 DE MARÇO DE 2012 - Altera a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto Nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011.
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