quarta-feira, 30 de julho de 2014

TGD - Algumas intervenções na escola...

HÁ DIVERSAS FORMAS DE AÇÃO JUNTO A ESTA CLIENTELA. NESTA APOSTILA IREMOS TRABALHAR APENAS ALGUMAS DELAS, NÃO SUA TOTALIDADE. ANTES, PORÉM, VEJAMOS O QUE PODE CAUSAR OU LEVAR A UM TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO.

DISTÚRBIOS DA ATENÇÃO
causas biológicas,
causas fenomenológicas,
causas psicológicas,
causas comportamentais,
causas sociológicas/ecológicas,

HIPERATIVIDADE
causas biológicas,
causas fenomenológicas,
causas psicológicas,
causas comportamentais,
causas sociológicas/ecológicas,

IMPULSIVIDADE
causas biológicas,
causas fenomenológicas,
causas psicológicas,
causas comportamentais,
causas sociológicas/ecológicas,

ALHEAMENTO
causas biológicas,
causas fenomenológicas,
causas psicológicas,
causas comportamentais,
causas sociológicas/ecológicas,

AGRESSIVIDADE FÍSICA E/OU VERBAL
causas biológicas,
causas fenomenológicas,
causas psicológicas,
causas comportamentais,
causas sociológicas/ecológicas,


1.    Como causas biológicas, a herança genética, as anormalidades bioquímicas, as anormalidade neurológicas, as lesões no sistema nervoso central.


INTERVENÇÃO PARA ESTES CASOS
Não cabe a escola


2.Como causas fenomenológicas, o conhecimento equivocado sobre si mesmo, o uso inadequado de mecanismos de defesa, sentimentos, pensamentos e eventos subjetivos.


INTERVENÇÃO PARA ESTES CASOS
Discutir sempre com a equipe técnica a busca de estratégias que sejam efetivas e realistas para o caso em questão.

Pedir ajuda a profissionais da equipe técnica sempre que necessitar de apoio, ou se sentir inseguro.
Cooperar com os pais, usando na sala de aula os mesmos procedimentos recomendados pelos terapeutas e usados em casa (quando a família é participante do processo de intervenção).


3. Como causas psicológicas, os processos psicológicos, o funcionamento da mente (id, ego e superego), as predisposições herdadas (processos instintivos) e experiências traumáticas na primeira infância.


INTERVENÇÃO PARA ESTES CASOS
Que se forneça aos alunos exemplos de comportamentos não agressivos, que podem ser utilizados em situações que poderiam levar à agressão.

• Usar o role-playing1 para simular tais situações e permitir que os alunos exercitem criticamente os diferentes padrões possíveis.
• Ensinar aos alunos respostas aceitáveis e adequadas a ataques físicos e/ou verbais. Lembram que os alunos necessitam ter um leque de alternativas comportamentais disponíveis para delas se utilizar na situação do inesperado. Se ele nunca exercitou nenhuma, a tendência é de agir de forma semelhante àquela com que foi atacado!

• Reconhecer explicita e elogiosamente os alunos que substituem respostas agressivas por comportamentos desejáveis, não agressivos.

• No caso de alunos que se mostram retraídos, alheios ao ambiente social, é importante encorajar a interação social de colegas com eles. É importante ressaltar que os colegas é que inicialmente devem ser incentivados e elogiados pelas iniciativas, pois qualquer pressão para interação, feita sobre um aluno retraído, pode aumentar esse retraimento.

• Sugerem, ainda, para esses casos, que se procure designar o aluno para realizar uma atividade ou projeto em um grupo, dando a ele tarefas específicas que exijam a cooperação.

• Parear o aluno retraído com um parceiro mediador, um tutor mais velho ou um adulto voluntário, de forma que estes possam lhe oferecer modelos adequados de participação, e que o aluno possa ser positivamente beneficiado quando apresentar comportamento semelhante.

4. Como causas comportamentais, eventos ambientais, tais como: falha na aprendizagem de comportamentos adaptativos, aprendizagem de comportamentos não adaptativos e o desenvolvimento de comportamentos não adaptativos por circunstâncias ambientais estressantes.


INTERVENÇÃO PARA ESTES CASOS
As estratégias de intervenção incluem os diferentes tipos de terapia psicológica e de  tratamentos médicos (tais como terapia fenomenológica, ludoterapia, psicoterapia de grupo, terapia comportamental, terapia familiar e conjugal e terapia medicamentosa), tanto para a criança, como para seus pais, bem como diferentes ações educacionais, implementadas na sala de aula, e nas demais instâncias da unidade escolar.


É importante que o professor estabeleça claramente, com os alunos, os limites necessários para a convivência num coletivo complexo.

2. É fundamental que seja identificada a forma mais adequada de comunicação para cada aluno, de forma a permitir que ele trabalhe com compreensão, com prazer e com a maior autonomia
possível.

3. É importante que o ensino seja individualizado, quando necessário, norteado por um Plano de Ensino que reconheça as necessidades educacionais especiais do aluno e a elas responda pedagogicamente.

4. É importante que o aluno possa, sempre que possível, relacionar o que está aprendendo na escola, com as situações de sua própria vida.

5. É importante, também, que as atividades acadêmicas ocorram em um ambiente que por si só seja tenha significado e estabilidade para o aluno.

6. A previsibilidade de ações e de acontecimentos pode diminuir em muito a ansiedade do aluno que apresenta comportamentos não adaptativos. Assim, é importante que o professor estruture o uso do tempo, do espaço, dos materiais e a realização das atividades, de forma a diminuir ao máximo o caos que um ambiente complexo pode representar para esse aluno.


5. COMO CAUSAS SOCIOLÓGICAS, a rotulação, a transmissão cultural, a desorganização social, a comunicação destorcida, a associação diferencial, e interações negativas com outras pessoas.

INTERVENÇÃO PARA ESTES CASOS
  • Programas voltados para o comportamento de sala de aula.
  • Programas voltados para o ensino de habilidades de convivência social.
  • Programas voltados para a educação acadêmica.


OUTRAS POSSIBILIDADES


  • Ensinar comportamentos sociais adequados específicos para todas as crianças como, por exemplo, estabelecer contato visual, manter contato visual, responder a contatos verbais, iniciar contatos verbais, seguir instruções, responder a cumprimentos, cumprimentar pessoas por iniciativa própria, usar formas socialmente adequadas para manifestar raiva, etc...

  • • Discutir a conduta indesejada com os demais alunos, buscando promover, com eles, a compreensão do fenômeno, bem como a compreensão de como se relacionar construtivamente com ele.


  • Estabelecer, juntamente com os alunos, padrões de conduta para a convivência coletiva, bem como a definição de conseqüências para o cumprimento ou o descumprimento do acordado pelo grupo.

  • Procurar desenvolver uma relação positiva com o aluno que apresenta conduta não adaptativa, recebendo-o sempre com simpatia, batendo papo com ele em momentos apropriados, reconhecendo.

  • Explicitamente seus ganhos e avanços (por menor que sejam), e procurando identificar seus interesses e motivações.
  • Estabelecer a cooperação dos demais alunos em atividades de treinamento de habilidades sociais, de monitoramento profissional e de monitoramento acadêmico.

  • Recorrer à assistência de membros da equipe técnica e de outros profissionais da comunidade, no caso de situações de crise, buscando o suporte necessário para administrá-las.


  • Estabelecer a normatização de procedimentos a serem rapidamente adotados, para lidar eficientemente com comportamentos particularmente difíceis.

  • Orientar aos demais alunos sobre como agir para gerenciar o relacionamento com colegas que apresentam condutas não adaptativas, ensinando-os como responder a situações específicas.


  • Estimular o aluno que apresenta essas condutas, a se envolver em todas as atividades cívicas, artísticas, esportivas e sociais da escola, juntamente com os demais colegas.

  • Usar sempre um mesmo sinalizador, uma dica que chame a atenção dos alunos, antes de lhes apresentar uma informação verbal importante (“Escutem! Prontos?” ou “Está na hora de começar!”).


  • Agrupar os alunos em formato de semicírculo, ou de U, para favorecer que todos possam manter contato visual com o professor.

  • Usar a proximidade física para encorajar a atenção dos alunos.


  • Reduzir a previsibilidade de suas ações, variando a forma de apresentação das lições.

  • Arranjar áreas de trabalho individual, nas quais hajam poucas oportunidades de distração, sejam elas visuais ou auditivas.


  • • Ajudar seus alunos a organizar seu horário, suas atividades na sala de aula, seu material de trabalho, sua carteira, etc...

  •  Apresentar orientações para as tarefas tanto verbalmente, como por escrito.


  • Iniciar o ensino da organização do trabalho, com orientação de poucos passos. Aumentá-los gradativamente.

  • Apresentar modelos aos alunos sobre como se organizar no trabalho.


  • Encorajar os alunos a pensar antes de falar, exercitando com eles um “tempo de pensar” de 5-10 segundos, antes de apresentar uma resposta.

  • Estimular o desenvolvimento de habilidades de auto-gerenciamento para todos os alunos da sala.


  • Estabelecer, sempre com clareza e objetividade, os horários, as rotinas de sala de aula, as regras e o sistema de conseqüenciação, para todos os alunos da sala.

  •  Usar estratégias de aprendizagem cooperativa para promover a aprendizagem de todas as crianças e o desenvolvimento de relações positivas entre elas.




  • Criar um ambiente social e de aprendizagem que seja acolhedor e dê suporte para o aluno.

Créditos para: Geraldo Almeida, retirado de www.geraldoalmeida.com.br

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