HÁ
DIVERSAS FORMAS DE AÇÃO JUNTO A ESTA CLIENTELA. NESTA APOSTILA IREMOS TRABALHAR
APENAS ALGUMAS DELAS, NÃO SUA TOTALIDADE. ANTES, PORÉM, VEJAMOS O QUE PODE
CAUSAR OU LEVAR A UM TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO.
DISTÚRBIOS
DA ATENÇÃO
causas
biológicas,
causas
fenomenológicas,
causas
psicológicas,
causas
comportamentais,
causas
sociológicas/ecológicas,
HIPERATIVIDADE
causas
biológicas,
causas
fenomenológicas,
causas
psicológicas,
causas
comportamentais,
causas
sociológicas/ecológicas,
IMPULSIVIDADE
causas
biológicas,
causas
fenomenológicas,
causas
psicológicas,
causas
comportamentais,
causas
sociológicas/ecológicas,
ALHEAMENTO
causas
biológicas,
causas
fenomenológicas,
causas
psicológicas,
causas
comportamentais,
causas
sociológicas/ecológicas,
AGRESSIVIDADE
FÍSICA E/OU VERBAL
causas
biológicas,
causas
fenomenológicas,
causas
psicológicas,
causas
comportamentais,
causas
sociológicas/ecológicas,
1.
Como causas biológicas, a herança genética,
as anormalidades bioquímicas, as anormalidade neurológicas, as lesões no
sistema nervoso central.
INTERVENÇÃO PARA ESTES CASOS
Não
cabe a escola
2.Como causas fenomenológicas, o conhecimento
equivocado sobre si mesmo, o uso inadequado de mecanismos de defesa,
sentimentos, pensamentos e eventos subjetivos.
INTERVENÇÃO PARA ESTES CASOS
Discutir
sempre com a equipe técnica a busca de estratégias que sejam efetivas e
realistas para o caso em questão.
Pedir
ajuda a profissionais da equipe técnica sempre que necessitar de apoio, ou se
sentir inseguro.
Cooperar
com os pais, usando na sala de aula os mesmos procedimentos recomendados pelos
terapeutas e usados em casa (quando a família é participante do processo de
intervenção).
3. Como causas psicológicas, os processos
psicológicos, o funcionamento da mente (id, ego e superego), as predisposições
herdadas (processos instintivos) e experiências traumáticas na primeira
infância.
INTERVENÇÃO PARA ESTES CASOS
Que
se forneça aos alunos exemplos de comportamentos não agressivos, que podem ser
utilizados em situações que poderiam levar à agressão.
•
Usar o role-playing1 para simular tais situações e permitir que os alunos
exercitem criticamente os diferentes padrões possíveis.
•
Ensinar aos alunos respostas aceitáveis e adequadas a ataques físicos e/ou verbais.
Lembram que os alunos necessitam ter um leque de alternativas comportamentais
disponíveis para delas se utilizar na situação do inesperado. Se ele nunca
exercitou nenhuma, a tendência é de agir de forma semelhante àquela com que foi
atacado!
•
Reconhecer explicita e elogiosamente os alunos que substituem respostas
agressivas por comportamentos desejáveis, não agressivos.
•
No caso de alunos que se mostram retraídos, alheios ao ambiente social, é
importante encorajar a interação social de colegas com eles. É importante
ressaltar que os colegas é que inicialmente devem ser incentivados e elogiados
pelas iniciativas, pois qualquer pressão para interação, feita sobre um aluno
retraído, pode aumentar esse retraimento.
•
Sugerem, ainda, para esses casos, que se procure designar o aluno para realizar
uma atividade ou projeto em um grupo, dando a ele tarefas específicas que
exijam a cooperação.
•
Parear o aluno retraído com um parceiro mediador, um tutor mais velho ou um
adulto voluntário, de forma que estes possam lhe oferecer modelos adequados de
participação, e que o aluno possa ser positivamente beneficiado quando
apresentar comportamento semelhante.
4. Como causas comportamentais, eventos ambientais,
tais como: falha na aprendizagem de comportamentos adaptativos, aprendizagem de
comportamentos não adaptativos e o desenvolvimento de comportamentos não
adaptativos por circunstâncias ambientais estressantes.
INTERVENÇÃO PARA ESTES CASOS
As
estratégias de intervenção incluem os diferentes tipos de terapia psicológica e
de tratamentos médicos (tais como
terapia fenomenológica, ludoterapia, psicoterapia de grupo, terapia
comportamental, terapia familiar e conjugal e terapia medicamentosa), tanto
para a criança, como para seus pais, bem como diferentes ações educacionais,
implementadas na sala de aula, e nas demais instâncias da unidade escolar.
É
importante que o professor estabeleça claramente, com os alunos, os limites
necessários para a convivência num coletivo complexo.
2.
É fundamental que seja identificada a forma mais adequada de comunicação para
cada aluno, de forma a permitir que ele trabalhe com compreensão, com prazer e
com a maior autonomia
possível.
3.
É importante que o ensino seja individualizado, quando necessário, norteado por
um Plano de Ensino que reconheça as necessidades educacionais especiais do
aluno e a elas responda pedagogicamente.
4.
É importante que o aluno possa, sempre que possível, relacionar o que está
aprendendo na escola, com as situações de sua própria vida.
5.
É importante, também, que as atividades acadêmicas ocorram em um ambiente que
por si só seja tenha significado e estabilidade para o aluno.
5. COMO CAUSAS SOCIOLÓGICAS, a rotulação, a transmissão cultural, a
desorganização social, a comunicação destorcida, a associação diferencial, e
interações negativas com outras pessoas.
INTERVENÇÃO PARA ESTES CASOS
- Programas
voltados para o comportamento de sala de aula.
- Programas
voltados para o ensino de habilidades de convivência
social.
- Programas
voltados para a educação acadêmica.
OUTRAS
POSSIBILIDADES
- Ensinar
comportamentos sociais adequados específicos para todas as crianças como,
por exemplo, estabelecer contato visual, manter contato visual, responder
a contatos verbais, iniciar contatos verbais, seguir instruções, responder
a cumprimentos, cumprimentar pessoas por iniciativa própria, usar formas
socialmente adequadas para manifestar raiva, etc...
- • Discutir a
conduta indesejada com os demais alunos, buscando promover, com eles, a
compreensão do fenômeno, bem como a compreensão de como se relacionar
construtivamente com ele.
- Estabelecer,
juntamente com os alunos, padrões de conduta para a convivência coletiva,
bem como a definição de conseqüências para o cumprimento ou o
descumprimento do acordado pelo grupo.
- Procurar
desenvolver uma relação positiva com o aluno que apresenta conduta não
adaptativa, recebendo-o sempre com simpatia, batendo papo com ele em
momentos apropriados, reconhecendo.
- Explicitamente
seus ganhos e avanços (por menor que sejam), e procurando identificar seus
interesses e motivações.
- Estabelecer a
cooperação dos demais alunos em atividades de treinamento de habilidades
sociais, de monitoramento profissional e de monitoramento acadêmico.
- Recorrer à
assistência de membros da equipe técnica e de outros profissionais da
comunidade, no caso de situações de crise, buscando o suporte necessário
para administrá-las.
- Estabelecer a
normatização de procedimentos a serem rapidamente adotados, para lidar
eficientemente com comportamentos particularmente difíceis.
- Orientar aos
demais alunos sobre como agir para gerenciar o relacionamento com colegas
que apresentam condutas não adaptativas, ensinando-os como responder a
situações específicas.
- Estimular o
aluno que apresenta essas condutas, a se envolver em todas as atividades
cívicas, artísticas, esportivas e sociais da escola, juntamente com os
demais colegas.
- Usar sempre um
mesmo sinalizador, uma dica que chame a atenção dos alunos, antes de lhes
apresentar uma informação verbal importante (“Escutem! Prontos?” ou “Está
na hora de começar!”).
- Agrupar os
alunos em formato de semicírculo, ou de U, para favorecer que todos possam
manter contato visual com o professor.
- Usar a
proximidade física para encorajar a atenção dos alunos.
- Reduzir a
previsibilidade de suas ações, variando a forma de apresentação das
lições.
- Arranjar áreas
de trabalho individual, nas quais hajam poucas oportunidades de distração,
sejam elas visuais ou auditivas.
- • Ajudar seus
alunos a organizar seu horário, suas atividades na sala de aula, seu
material de trabalho, sua carteira, etc...
- Apresentar orientações para as tarefas
tanto verbalmente, como por escrito.
- Iniciar o ensino
da organização do trabalho, com orientação de poucos passos. Aumentá-los
gradativamente.
- Apresentar
modelos aos alunos sobre como se organizar no trabalho.
- Encorajar os
alunos a pensar antes de falar, exercitando com eles um “tempo de pensar”
de 5-10 segundos, antes de apresentar uma resposta.
- Estimular o
desenvolvimento de habilidades de auto-gerenciamento para todos os alunos
da sala.
- Estabelecer,
sempre com clareza e objetividade, os horários, as rotinas de sala de
aula, as regras e o sistema de conseqüenciação, para todos os alunos da
sala.
- Usar estratégias de aprendizagem
cooperativa para promover a aprendizagem de todas as crianças e o
desenvolvimento de relações positivas entre elas.
- Criar um
ambiente social e de aprendizagem que seja acolhedor e dê suporte para o
aluno.
Créditos para: Geraldo Almeida, retirado de www.geraldoalmeida.com.br
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